A brincadeira paralela é uma pequena fase na vida de uma criança pequena, na qual ela brinca com outras crianças, mas não interage com elas.
Essa é uma ocorrência comum em crianças entre 1 e 2 anos de idade, e se junta a outras fases curiosas da criança, como conversar com elas mesmas e ficar muito pegajosa.
Da mesma forma, porém, essa atividade não é algo para se preocupar e, apesar das aparências, na verdade prepara o cenário para o jogo social.
A Dra. Dana Cohen, psicóloga infantil e diretora de serviços de avaliação de autismo e primeira infância da Beaumont Children’s em Royal Oak, diz que a brincadeira paralela é realmente o precursor da brincadeira social e deve ser incentivada.
Com o que se parece?
O jogo paralelo se parece com o que parece. Na maioria das vezes, Cohen diz que são duas crianças brincando próximas umas das outras, mas não juntas. Cada criança está focada em sua própria peça.
Pode ocorrer em qualquer lugar, diz Cohen, desde que a configuração esteja definida para que essa peça ocorra. Imagine lugares repletos de blocos de construção ou centros de jogos simulados, onde as crianças brincam alegremente em suas próprias “pequenas zonas”.
“Geralmente ocorre em escolas ou creches que montam estações em toda a sala para tentar incentivá-la”, diz Cohen.
Por que é importante
Quando crianças, geralmente de 1 a 2 anos, se envolvem nesse tipo de jogo, na verdade estão se preparando para um jogo mais social, explica Cohen.
“Algumas crianças fazem isso mais cedo”, acrescenta ela. Cohen observa que, como esse tipo de brincadeira é um precursor da brincadeira social, é um enorme estágio de desenvolvimento e ensina às crianças habilidades sociais precoces.
“Eles aprendem através do jogo e da interação”, acrescenta Cohen. “Se eles não tiverem jogo paralelo, isso poderá afetar o desenvolvimento deles.”
Cohen observa que, se seu filho atingir os 3 anos de idade e não passar de brincadeiras paralelas para algo mais interativo e social, então poderia ser um sinal de autismo.
“Mas há muita variabilidade, como a personalidade”, diz Cohen.
Por exemplo, algumas crianças são mais arrogantes. Isso deve ser levado em consideração antes de passar para um diagnóstico. Procure assistência médica adicional, se necessário.
Promovendo o jogo paralelo
É essencial que os pais se envolvam nesse estágio muito importante do desenvolvimento de seus bebês. Incentivar a brincadeira paralela é tão simples quanto estabelecer pequenas datas de brincadeira em casa com um ou dois filhos, explica Cohen.
Cohen diz que os pais devem estruturar e monitorar as datas das brincadeiras para que as brincadeiras paralelas ocorram. Certos brinquedos também precisam estar envolvidos para que isso aconteça, diz Cohen.
Por exemplo, ela diz que, para crianças pequenas, classificadores de formas são uma boa escolha e, para crianças mais velhas, você pode trazer brinquedos que incentivem a brincadeira, como bonecas.
Mas, para não sobrecarregar as crianças, Cohen diz para não trazer muitas opções de brinquedos.
Além de datas para brincadeiras em casa, Cohen diz que você pode levar seu filho para as aulas na biblioteca local ou em uma área de recreação no shopping, especialmente se eles não estiverem em creches.
Cohen explica que, comparadas às datas de brincadeiras em casa, onde o ambiente é calmo e descontraído, as datas de brincadeiras em público podem ser lugares mais difíceis para incentivar brincadeiras paralelas. Ainda assim, a exposição a outras crianças da idade é benéfica o suficiente.
Incentivar o próximo passo: reprodução interativa
Quando seu filho completar 3 anos de idade, Cohen espera que ele já esteja passando de brincadeiras paralelas e praticando mais formas sociais de brincar. Mas se não, existem maneiras de incentivá-lo.
Cohen sugere trazer jogos que envolvem turnos e monitoramento da estrutura do jogo e para ajudar a estimular os aspectos sociais.
Outra tática é a introdução de um brinquedo que estimula o compartilhamento, pois o compartilhamento é um sinal muito precoce de brincadeira interativa, diz Cohen.
Lembre-se: “Você não pode forçar seu filho a brincar com outro filho”, diz Cohen, “mas pode incentivá-lo”.
Esta publicação foi publicada originalmente em 2018 e é atualizada regularmente.