Gene defeituoso associado à demência dobra o risco de complicações graves do COVID-19

COVID-19

A nova variante do coronavírus que causa o COVID-19 deixou cientistas em todo o mundo perplexos e preocupados. Esse contágio mortal continua revelando coisas novas sobre si mesmo de tempos em tempos, dificultando a descoberta de especialistas. Algumas das perguntas que os profissionais da área continuam se perguntando repetidamente são principalmente sobre os sintomas e os fatores de risco. Sabemos agora que idosos e pessoas com problemas de saúde subjacentes, como doenças cardíacas e diabetes, correm maior risco de complicações graves. Também sabemos que esse COVID-19 pode levar a problemas permanentes de saúde. No entanto, o vírus revela mais segredos sobre si mesmo com o passar do tempo. Leia também – O papel da inteligência artificial na atual pandemia de COVID-19

Agora, um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter e da Faculdade de Medicina da Universidade de Connecticut encontrou uma ligação entre a gravidade do COVID-19 e um gene ligado à demência. Ter um gene defeituoso que tem uma ligação com a demência duplica o risco de desenvolver COVID-19 grave, de acordo com o estudo de larga escala publicado no Journal of Gerontology: Ciências Médicas. Segundo os pesquisadores, o gene é chamado APOE e existe em diferentes formas, uma das quais é denominada e4e4. Leia também – Atualizações ao vivo do COVID-19: Casos na Índia aumentam para 2.16919 quando o número de mortos chega a 6.075

Sobre o estudo

Para os fins do estudo, os pesquisadores analisaram dados do Biobank do Reino Unido, que coleta dados genéticos e de saúde de 500.000 pessoas. Eles descobriram que existe um alto risco de infecção grave por COVID-19 entre os participantes europeus de ascendência que carregam duas cópias defeituosas desse gene. Uma em cada 36 pessoas de ascendência européia tem duas cópias defeituosas desse gene, o que aumenta o risco de doença de Alzheimer em até 14 vezes. Também aumenta os riscos de doenças cardíacas. Leia também – Use máscara facial durante o sexo em meio à pandemia de COVID-19: algumas outras dicas para se manter seguro

Mutação genética pode dobrar o risco de COVID-19

Uma descoberta interessante do estudo é que uma pessoa portadora dessas mutações genéticas tem o dobro dos riscos do COVID-19. Isso é verdade mesmo para pessoas que ainda não desenvolveram essas doenças. Os pesquisadores também observaram que pacientes com demência têm três vezes mais chances de contrair COVID-19 grave.

Os pesquisadores suspeitam que esse aumento de risco possa ser devido à exposição à alta prevalência do vírus em casas de repouso. Mas eles também sugerem que um componente genético pode estar em jogo aqui. Durante o curso de sua pesquisa, eles observaram que pessoas com o genótipo APOE e4e4 corriam o dobro do risco de desenvolver COVID-19 grave, em comparação com aquelas com a forma e3e3 comum do gene APOE.

Especialistas esperançosos de que este estudo possa levar a novas idéias para tratamento

Nesta análise, 2,36% (9.022) dos 3,82 lakh participantes com ascendência européia tinham o gene defeituoso APOE e4e4. Porém, 5,13% (37) dos 721 que deram positivo para COVID-19 tinham essa variante genética. Isso sugere que o risco duplica em comparação ao e3e3 (410 por 100.000 versus 179 por 100.000). Os pesquisadores dizem que agora podemos identificar como esse gene defeituoso causa vulnerabilidade ao COVID-19. Isso pode levar a novas idéias para tratamentos.

(Com entradas de agências)

Publicado em: 27 de maio de 2020 13:08