MamĂŁe assustadora andmonkeybusinessimages / Getty
VocĂȘ nĂŁo me conhece. Eu sou invisĂvel. NĂłs nunca iremos nos cruzar. Eu nunca vou ver seus filhos. Eu vououvirsobre seus filhos, mas nunca sobre o nome deles, sempre com “VocĂȘ se lembra daquele garoto que …”, porque meu marido nĂŁo Ă© nada alĂ©m de prudente no que diz respeito Ă privacidade de seu filho. Meu marido amarĂĄ seus filhos apaixonadamente, profundamente e sem reservas. Ele se entregarĂĄ a eles completamente; ele passa horas e horas tentando desesperadamente ajudĂĄ-los de pequenas maneiras que vocĂȘ nĂŁo pode imaginar: garantindo que eles tenham canetas, distribuindo maçãs, consertando seus laptops, deixando-os ir ao banheiro sempre que precisam (e vocĂȘ ficarĂĄ chocado, chocado, quĂŁo rara Ă© essa decĂȘncia humana bĂĄsica), chamando seu filho pelo nome correto e pronomes de gĂȘnero, desistindo de seu almoço solo para deixar seu filho comer na sala de aula, onde conversam sem parar. Eu sei tudo isso Eu ouvi sobre isso. Eu sou a esposa do professor.
MSeu marido chega em casa Ă s quatro horas, exausto, exausto pelo que dĂĄ.Ele passa mais tempo com seus filhos do que com os nossos. Seus pĂ©s doĂam do chĂŁo de cimento da escola. VocĂȘ sabia que o chĂŁo Ă© de cimento e que ele passa o dia todo em pĂ©? Ele faz seus passos valerem, sete milhas andavam em sua sala de aula todos os dias.Em um quarto. Esposa do professor, esfrego os pĂ©s. A esposa do professor, mexo nas palmilhas, nos sapatos, ajudo-o a escolher tĂȘnis novos que parecem semi-profissionais. Eu lavo e penduro as camisas dele para que ele pareça profissional; Eu aprovo suas roupas quando ele sai pela porta e digo que ele parece bem, realmente. Ele precisa do impulso.
Lembro-me de garantir que ele tome café da manhã. Ele fica irritado quando não toma café da manhã e, quando fica irritado, não pode dar o melhor de seus filhos e volta para casa com menos ainda para dar aos filhos.
Muitas vezes, ele chega em casa e cai por uma hora. Quando ele estĂĄ muito cansado, levo as crianças para a prĂĄtica de esportes. NĂłs comemos fora. A louça se acumula e a roupa se empilha, e ele se sente culpado, culpado, culpado. Eu digo a ele que estĂĄ tudo bem, querida. VocĂȘ sĂł pode dar muito e a todos os filhos nossos filhos, seus filhos sĂŁo muito mais importantes.
Eu pacientemente escuto seu dia. Ele me conta sobre seus filhos, com o cuidado de manter a privacidade deles. Ele os leva para casa. Ele sempre os carrega com ele, especialmente os machucados.
Geralmente passamos algum tempo sozinhos por meia hora. A esposa do professor, eu pacientemente ouço o dia dele. Ele me conta sobre seus filhos, com o cuidado de manter a privacidade deles. Ele os leva para casa. Ele sempre os carrega com ele, especialmente os machucados. “VocĂȘ sabe quantas crianças perderam na turma de formandos?” ele me perguntou outro dia. Esta nĂŁo Ă© uma grande classe de idosos. “Seis. Eles perderam seis. ” Eu tenho que levar esse conhecimento com ele: ele nĂŁo tem mais ninguĂ©m para contar e, como esposa do professor, tenho que ajudĂĄ-lo a suportar esse fardo. “Ao suicĂdio?” Eu perguntei. “NĂŁo”, ele disse. “Para todos os tipos de coisas.”
Ele me conta sobre a gentileza simples: deixar uma garota usar o banheiro, distribuir canetas para crianças que nĂŁo sĂŁo dele, ter laços de cabelo na mĂŁo, fazer o menor chĂĄ da classe, manter cobertores felpudos para as crianças que sempre parecem estar com frio , e sua gratidĂŁo atordoada por alguĂ©m lhes mostrar essas menores decĂȘncias humanas. Eu carrego esse conhecimento, carrego a tristeza dessas crianças que nĂŁo podem comer em sala de aula, que sĂŁo maltratadas por professores que nĂŁo se importam com elas, antes de tudo, como seres humanos. Estou a par do choque de como a escola os trata e sou forçado a viver com esse choque.
Também sou forçado a enfrentar o amor que meu marido tem pelos seus filhos.
Tenho orgulho, muito orgulho, do trabalho que meu marido faz pelos seus filhos. Como mulher, como esposa do professor, eu nĂŁo aceitaria isso de outra maneira. Ele ama muito seus filhos. VocĂȘ nĂŁo sabe disso. VocĂȘ nĂŁo sabe o quanto ele tenta aprender espanhol para conversar com estudantes de ESL e seus pais. VocĂȘ nĂŁo sabe como ele se preocupa. VocĂȘ nĂŁo sabe como ele mantĂ©m PB e Js para as crianças famintas.
Eu me preocupo com tiroteios em escolas, Ă© claro, me preocupo com tiroteios em escolas; a esposa de todo professor vive aterrorizada com os tiroteios nas escolas. Mas me preocupo especialmente, porque meu marido Ă© quem se atiraria na frente das balas para seus filhos. Ele os ama tanto. Eu nĂŁo sei o nome deles. Mas eu sei que ele morreria por eles. Isso me assusta. Ele os escolheria em detrimento de nossos prĂłprios filhos, porque seus filhos estĂŁo lĂĄ e nossos filhos nĂŁo. Ă matemĂĄtica simples, nĂŁo uma medida de amor: o amor nĂŁo pode ser medido de qualquer maneira.
Se ele visse as balas chegando e pudesse salvar seu filho, ele as empurrava e arriscava. Sou a esposa do professor e conheço meu marido e sei como ele pensa. Eu sei que ele não pensaria.
Meu marido Ă© quem se atiraria na frente de balas para seus filhos. Ele os ama tanto. Eu nĂŁo sei o nome deles. Mas eu sei que ele morreria por eles.
Sendo esposa de um professor, umaBoaesposa do professor, Ă© um presente. Ă uma sensação de orgulho e alegria. Eu digo a todos que conheço: “Minhas marido ensina inglĂȘs de um jeito ou de outro. â Ele deveria ter um doutorado e lecionar em uma instituição de pesquisa R-1. Estou muito mais orgulhoso dele agora do que estaria nesse trabalho. Eu celebro no dia da formatura. Eu lamento a perda de seus filhos e Deus sabe que ele perdeu alguns ao longo dos anos, e eu tive que segurĂĄ-lo por isso. Faz parte de ser a esposa do professor.
VocĂȘ nunca vai me conhecer.
Eu nunca vou saber o nome dos seus filhos.
Mas eu também os amo.