Eu fiquei chocado.
Enquanto percorria o Facebook recentemente, deparei-me com uma foto de carteira de identidade da escola com um adolescente sorridente de um conhecido, juntamente com as informações estampadas na frente, em toda a sua glória plástica.
Os pais orgulhosos fizeram o que parecia natural: gabar-se on-line dos empreendimentos escolares de seus filhos. Mas foi exagero e inseguro para mim.
Esse pai e eu tivemos uma conversa prévia para publicar ou não publicar filhos nas mÃdias sociais. Eles me perguntaram por que eu não publiquei a minha, como a maioria das mães da minha idade (idade suficiente para apreciar bipes, mas jovem demais para comprá-las).
Eu disse que não estava confortável postando meus filhos. Aprecio momentos privados em um mundo saturado. Suas primeiras palavras? Armazenado em minha mente e na nuvem. Primeiros passos? Enviado através de mensagens de texto para minha tribo.
Publiquei meu primeiro filho ocasionalmente no Facebook e me perguntei sempre: “Devo ter postado isso?” No meu segundo, possivelmente não vou postar nada. Mas eu entendo por que os pais fazem. Não, porque as crianças têm direito à sua privacidade. E ser uma voz para eles (mesmo que não consigam explicar por que não querem estar on-line) significa muito para mim.
Eu assisto aos canais da famÃlia do YouTube, onde encontro atividades e hacks divertidos. Quem sabia que o amido lÃquido, um pouco de glitter e cola também poderiam ser divertidos para os pais? Eu discordo. Às vezes, porém, aquelas crianças famosas na Internet dizem aos pais, verbal ou não, que não querem ser vlogadas ou fotografadas. As crianças têm esse direito.
Também se resume à segurança. Especialistas falam em sequestro digital, onde a imagem de alguém é tirada e usada de maneira nefasta ou enganosa on-line. Eu assisto o canal de identificação e filmes de suspense suficientes para saber que os malucos perseguem a web em busca de presas vulneráveis.
O que é melhor presa do que quem deixa migalhas cibernéticas: “É aqui que Amy pratica balé; esta é a lanchonete semanal da nossa famÃlia; e estaremos de férias por tanto tempo. E aqui está o esconderijo de nossa casa. Entre. OK, talvez eu esteja exagerando.
Mas vi pais, ainda que de boa vontade, postar fotos de seus filhos em frente ao ônibus escolar, com o nome do distrito visÃvel. As autoridades disseram por razões de segurança que é perigoso. Neste mundo de compartilhamento, menos é mais.
Não estou aqui para ser um cobertor molhado e estragar a diversão da pegada digital de todos. Porque se alguém deveria compartilhar fotos, sou eu. Mas me vejo em um paradoxo de postagem uma dicotomia digital, se você preferir.
Como um milênio, cresci antes que uma plataforma viável de mÃdia social estivesse disponÃvel na ponta dos meus dedos. E quando o Facebook ficou online, entrei (relutantemente) quatro anos depois, aos 20 anos.
Quando adolescente, usei o telefone rotativo da minha bisavó sempre que o visitei e recebi meu primeiro telefone flip mais tarde aos 16 anos. Salvei o trabalho da escola em disquetes e, eventualmente, unidades USB. Gravei minhas músicas favoritas nas fitas cassetes antes de atualizar para o meu primeiro CD player. E eu sempre fui gentil em retroceder os vÃdeos que assisti do Blockbuster antes de devolvê-los com meus pais até que os DVDs aparecessem.
Quando criança, eu também brincava lá fora, sem ter que me preocupar com o meu lado bom, antes que meus pais tirassem fotos francas e as publicassem online.
Chame de egoÃsta ou nostálgico, mas quero que meus filhos também cresçam assim. E eu vou salvar essas fotos (e vÃdeos) embaraçosas e bonitas offline, mas definitivamente enviarei textos aos avós. E mostrado décadas depois de um álbum empoeirado para seus futuros cônjuges.
O que você acha da mãe? Conte-nos sua opinião nos comentários e não se esqueça de ler o ponto de vista oposto e por que uma mãe acha legal os pais postarem sobre crianças nas mÃdias sociais aqui.