Crianças cujas mães fumaram durante a gravidez correm maior risco de serem obesas mais tarde na vida, dizem os pesquisadores. Leia também – FAÇA ISSO quando vir alguém fumando
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Os resultados, publicados na revista Fisiologia Experimental, mostraram que a chemerin, uma proteína produzida pelas células adiposas e que parece desempenhar um papel no armazenamento de energia, era mais prevalente na pele e nas células isoladas de bebês cujas mães fumavam durante a gravidez. Leia também – Obesidade associada à depressão em adolescentes: 5 maneiras fáceis de apoiar a ciência para perder peso em casa
Pesquisas anteriores haviam mostrado que a chemerin está presente em níveis mais altos no sangue de pessoas obesas.
Os novos resultados sugerem que fumar na gravidez pode levar a alterações na regulação dos genes que desempenham um papel importante no desenvolvimento das células adiposas e, por extensão, na obesidade.
“Foi demonstrado consistentemente que as mães que fumam durante a gravidez conferem risco aumentado de obesidade ao bebê, mas os mecanismos responsáveis por esse aumento de risco não são bem compreendidos”, disse Kevin Pearson, da Universidade de Kentucky, nos EUA.
“Nosso trabalho demonstrou que as mulheres grávidas que fumam durante a gravidez induzem mudanças distintas na expressão do gene chemerin em seus filhos”, disse Pearson.
Para o estudo, os pesquisadores recrutaram um total de 65 novas mães. Todas as crianças eram de termo e aproximadamente metade de todas as novas mães relataram fumar durante a gravidez.
Os resultados atuais e futuros podem fornecer um trampolim para o desenvolvimento de tratamentos eficazes contra a obesidade pediátrica e adulta em bebês nascidos de fumantes, bem como aqueles expostos a outras exposições ambientais no útero, observou a equipe.
Publicado em: 30 de março de 2019 18:19